sábado, 20 de junho de 2009
Havia um copo
Havia um copo vazio
De cristal. Altura média.
Transparente. Resistente.
Porém dentro dele não havia nada.
Corri em sua direção, mas me decepcionei.
Por mais belo e reluzente, não matava minha sede.
Havia um copo cheio.
De plástico. Pequeno.
Branco. Descartável.
Dentro dele havia água.
Corri em sua direção, mas me decepcionei.
Por mais água que ali tivesse, não satisfazia minha vontade.
Mas havia também um copo qualquer
De um material qualquer. De um tamanho qualquer.
De uma cor qualquer. Dentro dele, havia algo qualquer.
Mas era ele quem o segurava.
Corri em direção ao copo.
Alguma coisa foi derramada.
Senti algo molhado em meu corpo.
Quente. Ou frio? Tanto faz.
Aquilo eram só sensações externas.
O calor de seus braços me queimavam interiormente.
E o copo ficou ali, caído no chão, assistindo, enquanto matávamos nossa sede.
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