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quinta-feira, 19 de março de 2009

Por isso penso

Errado, tudo errado. Melhor parar de pensar um pouco. Quando o faço demais, enxergo muito além do que meus olhos seriam capazes de ver, se limitados ao campo de visão comum. Aquilo que os outros chamam de realidade é, para mim, cortina usada como enfeite ilusório na janela da humanidade. Eu, que nunca fui de julgar presente pela embalagem, começo a me cansar de abrir as janelas e me acostumo à beleza de suas cortinas, bordadas especialmente para distração. Mas não me rendo! Luto contra o comodismo e, por isso, penso. Penso e contesto, viajo, vou além; e, quanto mais paro para analisar, mais banais as coisas ficam, e as janelas me parecem tão sem graça quanto as próprias cortinas.
Por isso, ando em direção a porta, abro-a e vou embora.
Por isso penso.


quarta-feira, 18 de março de 2009

Tenho que fazer

Tenho que fazer. Esse é o maior problema.
É tão mais fácil quando a gente faz porque quer, e pronto.
Mas ter que fazer é complicado e conduz à pré-indisposição.
Estou pré-indiposta a fazer o que tenho que fazer.
Mas tenho que fazer, não é mesmo?
Então, o que estou fazendo aqui?
Fazendo o que não tenho que fazer.
E por isso o faço. Se tivesse que, não o faria.

E o mistério da vida desvenda-se aqui.

terça-feira, 10 de março de 2009

Estou atrasada

Estou atrasada. Não há nada mais angustiante do que estar atrasada. E quanto mais tarde fica, mais parece que as horas não andam, correm; com o sério intuito de me sacanear. O que mais incomoda nessa história toda é que permito às horas que me sacaneiem, pois mesmo tendo consciência de que o tempo corre contra mim, continuo desperdiçando-o. Passeio pela casa a espera do telefone que não vai tocar, aguardo a reportagem que não vai passar no jornal e anseio por ouvir alguém gritar o meu nome... Mas ninguém o fará. Não, porque o meu atrasada é proposital. Se não o fosse, todos me ligariam, chamariam, choveria, faria sol, nevaria talvez. Mas nada que julgo ser realmente interessante me acontece, e isso justamente porque ando em busca de pretextos que me afastem de minhas responsabilidades. Quando a droga do atraso é proposital, nada contribue para que minha consciência encontre justificativas que amenizem sua culpa.
Neste momento, estou mais atrasada ainda. E não há nada mais angustiante do que estar atrasada. Exceto por ter plena consciência de que estou atrasada e falhar na tentativa de fazer com que tenha sido por acaso.

domingo, 8 de março de 2009

Nós, mulheres

Hoje, 8 de março, sou moralmente obrigada a escrever algo que se aproxime da mágica complexidade que é ser mulher. Ser mulher é ser sensível a um toque na mão, mas resistente a um tapa na cara, muitas vezes dado pela própria vida. Ser mulher é tomar a perda de um emprego como oportunidade de renovação, mas a perda de um amor como o fim do mundo. É enxergar uma barata como um ser cruel e impiedoso; porém, uma pessoa de fato cruel e impiedosa, apenas como um obstáculo a ser superado. Ser mulher é se irritar com um salto quebrado, uma unha mal feita e um cabelo bagunçado, mas manter a calma diante de uma tragédia e enxergá-la apenas como uma fase ruim. Somos seres frágeis como borboletas, mas fortes como leoas, e a força a que me refiro não é física, obviamente, aquela da qual os do sexo masculino tanto se vangloriam por ter; falo de força interior. Deus criou os homens para dominarem o mundo, é verdade... Mas criou-nos, mulheres, para dominarmos os homens.

Parabéns à todas as mulheres pela nossa data simbólica, pois nossos dias são a cada sol nascente!

sábado, 7 de março de 2009

Quem sou eu, afinal?

Quem sou eu, afinal? Quantas posso ser, por quantos posso ser, pelo quê e para quê eu quero ser? Quer dizer, por quê raios preciso realmente? Se a ser alguém específico já sou obrigada, por que motivo preciso saber quem? Eu respondo: Apenas para que os outros fiquem cientes e, assim, saibam como lidar comigo. Mas eu logo aviso: Ai de quem se interessar pelo descobrimento da minha alma, pois estará entrando em um buraco sem fundo, onde, uma vez dentro, nunca mais fora. Gosto assim, é uma delícia absorver. Mas quem sou eu, afinal? Um pedaço de cada livro que li, cada música que escutei, cada lugar que visitei, cada pessoa que amei... Perdão, equivoquei-me quanto à conjugação do verbo amar. Não me é permitido utilizá-lo no passado, já que o amor não sai de mim nunca; É como um membro: Nasceu comigo, vai morrer em mim. Outro equívoco, percebo. O amor é imortal.

terça-feira, 3 de março de 2009

Da série: Madrugadas no MSN (2)

- She says: Não sei qual é o rumo que a vida vai tomar a partir daqui, mas sei que tenho que lidar com o rumo que ela tomou a partir dali, daquele momento.

- She says: E o rumo foi esse, por isso agora aqui estou... Não sou feliz o tempo inteiro, mas aprendi que quando fico triste não é por causa de sua ausência, desculpa muitas vezes usada pelo meu coração para sentir sua falta. Se a felicidade fosse baseada em uma só estrela, por quê haveriam tantas outras espalhadas pelo céu?

domingo, 1 de março de 2009

Entre amores, quedas e subidas

Quanto mais alto a gente sobe, mais dolorosa é a queda.
Daí tiramos o pensamento de que controlar-se é uma boa pedida.
Mas qual é a graça quando você sabe que há limites para sua viagem?
Pergunta-se: Será que vale a pena arriscar?
Quer dizer, será que vale a pena subir, subir, subir, subir...
Pra depois cair de uma só vez e estatelar-se no chão?
Ou será que é melhor subir um pouquinho e parar?
O suficiente é satisfatório?

Tô subindo... Pronto, parei.
É... é isso aí. Aqui estou eu... No alto... Em cima... Pois é.
Cair eu até vou, mas vai doer menos.

Pois então... Como seria se eu tivesse subido mais?

Ou

SUBINDO... SUBINDO... SUBINDO
ALUCINANTE, LINDO, EXTASIANTE
CADA VEZ MAIS ALTO, MAIS LIVRE
- E, de repente, no auge da sua loucura:
CAAAAAAAIIIIINNNDOOOOOOO!
E *@#&#@(*@#)*!@#& no chão.


Vou te contar, dói demais.
Mais do que você pensa.
Mas vale a pena.
Eu subi, viajei, vivi... E caí, por consequência.
É quase uma lei do universo.
Mas pelo menos eu ARRISQUEI.

E se eu não tivesse subido?
Teria me machucado menos, com certeza.
Mas eu não me importo, eu vivo intensamente.
Tudo meu é alto demais, ou baixo demais.
Não tem essa história de plano... Pro inferno com o mais ou menos!
Até sentir dor é bom. Me faz lembrar que eu AMO. Me faz lembrar que eu VIVO!
E esse dom queda nenhuma arranca de mim.