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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ame!



Amar é tão gostoso! Como é pura a felicidade que vem do sorriso do outro, do brilho dos olhos, gosto da boca, calor dos abraços... A dor de um amor finito é penetrante, machuca até o fundo de nossa alma, mas faz com que nos sintamos completamente humanos.

Quando a pureza nos dá intervalo, os dias ficam cinzas... enxergamos a poluição, os acidentes, as traições e a elevação das taxas de juros.

Mas quando o amor nos invade, ah! Que delícia... O céu nunca esteve mais azul, o mundo mais colorido, as pessoas nunca pareceram tão doces e simpáticas. O café aumentou um pouquinho, mas sei como meu amor gosta de uma xícara quentinha pela manhã, e por ele faço qualquer sacrifício.

Aqui fica um conselho: ame.
E não apenas isso.
Entregue-se.

Quê importa quantas vezes o seu coração já foi partido, quando ele está sempre pronto para amar de novo? Se o sentimento foi dilacerante, significa que foi também sincero. Quem ama de verdade, sofre de verdade. Leve a dor como a prova da entrega. Sinta orgulho do mal que ela o faz. Quando estiver desacreditado, decepcionado e preocupado com a expansão do capitalismo, lembre-se: você um dia amou.

E essa é a maior prova de que, em breve, o sol voltará a brilhar de maneira encantadora.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Registrado



"Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão não se faz um samba não"

Em meio a maré de tranquilidade que vivo, as palavras parecem apostar corrida comigo: ou eu as registro no exato momento em que vêm à tona, ou elas fogem imediatamente. Porém, de alguma forma, sinto que esse pique-pega acabará me ensinando mais do que posso imaginar.

Tudo que vive aqui dentro é tão complexo que, de vez em quando, fica difícil botar pra fora. Quando o faço, a velocidade com a qual a bomba explode é tão grande que nem eu consigo juntar os cacos, a fim de formar qualquer coisa que faça sentido. Os movimentos cotidianos de meu corpo, como o piscar de olhos, o esvoaçar de cabelos e o pisar de meus pés,são mais inteiros e completos do que qualquer som que minha voz possa emitir...

Palavras, palavras, palavras.
Promessas, promessas, promessas.
Futuro, futuro, futuro.

Isso não é suficiente.
Nenhum tipo de manifestação é capaz de alcançar a dimensão do sentimento que, em vão, tento registrar. Por quê insistir?

Para quê insistir?

Então... eu sinto
Sinto e brinco
E brinco, e vivo
E vivo viva. Eu vivo.
Viva!

Pensei em cessar os registros, mas sei que não serei capaz. Sou do tipo que gosta de cultivar memórias e eternizar qualquer coisa que julgar necessária, então não resistirei à minha próxima inspiração. Por isso, escrevo um lembrete para minha consciência (que se faz tão presente na hora da cobrança): não é necessário registrar a palavra para garantir o sentimento.

Eu senti
Senti e sofri
E sofri, e vivi
E vivi viva. Eu vivi.
Viva!

Tendo ou não registrado.
Tendo ou não me recordado.
O amor em mim ficou guardado.
E o coração baterá sempre acelerado.

Sempre.