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domingo, 30 de agosto de 2009

Felicidade cômoda



Tenho um problema inconveniente: pensar nos meus próprios desvios. Eu poderia passar por cima deles e fingir que não os percebo, mas não consigo simplesmente ignorá-los. Algumas noites, vou dormir me sentindo esquisita, termino alguns meses me achando fora do padrão... Isso sem falar nas viradas de ano! Faço promessas e busco o máximo que conseguir conquistar delas. Algumas vezes, sei que o que alcanço não é realmente o mais longe que conseguiria chegar, mas é suficiente para que eu me sinta confortável... E é aí que mora o problema. Conquistar um vitória parcial faz bem, mas é algo traiçoeiro, pois causa um conforto perigoso. Quando você senta em um sofá macio, não sente vontade de levantar dele, por mais que esteja sol lá fora. Não quero me acomodar dessa maneira! Prefiro sentar em uma cadeira mais simples, que me supra o cansaço - mesmo que não completamente - e me deixe livre para sentir vontade de levantar dela e seguir com a minha vida. Por isso, saibamos dosar a alegria, para que não façamos dela motivo para cessar a entrega à vida . Todavia, estaria mentindo se dissesse que isso me preocupa profundamente, já que tenho consciência de que a maior felicidade nós só conquistaremos no último dia de nossa história.

Na última hora.
No último segundo.

E aí não teremos mais chance.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Antes de pensar



Chega de calcular atos, contar os passos, pensar nas palavras. Ponhamos um fim nos olhares desviados, nos toques superficiais e no raciocínio lógico. Pensemos, a partir de hoje, com o coração, já que o cérebro só serve para que reconheçamos os fatos e não para guiar nossas atitudes em relação a eles. Por favor, eu peço, basta! Não mais atitudes politicamente corretas e dentro dos eixos. Nada melhor do que bater com a cara na parede e aprender uma lição! Mas não sigamos o caminho da descoberta assim tão facilmente... Vamos insistir! Errar é muito mais gostoso do que acertar, pois nos abre à chance de tentar outra vez! Assim, nos divertimos mais. O quê está esperando? Comece logo hoje, comece logo agora! Levante daí, cometa um erro e vá ser feliz! Pare de calcular as consequências e passe a vivê-las, sejam quais forem. Se positivas, aproveite-as; se negativas, aprenda com elas!

Vivamos antes de pensarmos sobre o assunto!

domingo, 23 de agosto de 2009

E quando (4)



E quando a verdade está na nossa cara, mas a gente não enxerga?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sangres de mim



Não te vejo, mas sinto. Vives tão mergulhado aqui dentro que é como se corresses em meio a meu sangue. Mas um detalhe me veio agora (detalhes, como sempre, partes mais importantes de minhas reflexões): Sangue só é visto quando existe um ferimento, acompanhado de uma dor, mesmo que breve. Tua presença não me machuca, o que me dói é a ausência. Penso que isso seja uma forma indireta do mal que me fazes. Mas devo admitir que adoro. Sangrar eventualmente é bom, apenas assim somos capazes de provar que algo realmente corre em nossas veias e faz com que nosso corpo funcione. A teoria não funciona pra mim, nunca o fez e nunca o fará. Gosto de ver com meus próprios olhos, por mais dor que isso possa me causar. Por isso, gostaria que estivesses aqui. Sei que estás dentro de mim, porém isso não me satisfaz completamente. Quero presença concreta e real. Quero toques, carinhos e entrega. Quero calor de corpos, cansei de ser aquecida por sentimentos. Esses são demais pra mim, já não sou capaz de aguentá-los sem compensação. Que estás esperando? Sangres logo de mim.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diálogo com o Vento



Nesta varanda, sinto que o vento me chama para conversar. Aliás, ele não me chama, já chega falando... Ai de mim se não ouvir o que ele tem para dizer!

São tantas coisas boas... Sério? Não diga! Eu já sentia, juro! Em vão? Imagina, nunca jurei em vão. Perdão. Minto. Já o fiz. Sim, eu sei que sabes, vento. Sei que viestes de todo lugar, que vais para todo lugar, que sabes de todo lugar. Já pedi que me perdoes, não te exaltes desta maneira, não precisas sacudir tanto assim a minha janela. Se continuares fazendo com que as portas batam, acordarás a casa inteira e não poderemos continuar nossa conversa. Sim, eu te entendo. Exaltar-se é tão comum... Sei do que falo. Sei sim, e sabes que eu sei. É tão bom conversar assim, de vento pra vento! Como assim? Humana, eu? Não me conheces, então. Sou de carne e osso, mas minha alma é pura ventania. Tudo se vem e se vai de tal modo que é como se meus sentimentos formassem furacões, tornados. Um desastre só! Por isso falo: Não há melhor diálogo. Gosto do arrepio que me causas. É um arrepio que não me faz mal, que não pressente, que não teme. É momentâneo e profundo, não causa maiores estragos. Quisera eu que fosse eterno. O quê? Tens que ir? Mas já? Fiques mais, vento. Vente um pouco mais para dentro de mim! Não podes? Entendo. Há milhões de outros céus que devem ser visitados... Mas não faz mal. Sei que voltarás, faz parte de ti... Vais, mas sempre voltas.

Vento



Vento que venta e que vai
Que entra e nunca mais sai
Vento que foi, mas que volta
Vento que amarra, mas solta

Vento que venta e que vem
Vai lá e voa para além
Vai, mas pra dentro de quem?
Se é que se vai para alguém

Vento que venta e vaia
Entre e nunca mais saia
Uive pro céu que se extende
Vá e nunca mais vente.

Vento que causa agonia
Vento que a pele arrepia
Vento que vento varia
Vento, sabedoria.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Não



Não é uma palavra muito forte. Nunca parei para pensar na imensidão das consequências que tal pode causar e, agora que o faço, enfraqueço. Em sua maioria, não é um sentimento tão vazio que entorpece. Não, mesmo quando nega um fato ruim, nega; fica claro que é tão pra menos, tão pra menor, tão pra nada. Não é tão não-positivo, não-feliz, não-bom. É negativo, infeliz, ruim. Mesmo quando ausente, é representado por prefixos que o lembram, o retornam.

Mas devemos afugentar o medo do não. O não pode ser enfrentado e superado. Devemos encará-lo como caminho para o simItálico. O sim conquistado de cara é sem graça; satisfatório, porém vazio. Conquistar algo que nos foi negado primeiramente é especial e tem um sabor diferente. Por isso, entre nãos, derrapadas e quedas, me levanto e sigo em frente. E assim deve ser feito.

Não é mesmo?