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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Diálogo com o Vento



Nesta varanda, sinto que o vento me chama para conversar. Aliás, ele não me chama, já chega falando... Ai de mim se não ouvir o que ele tem para dizer!

São tantas coisas boas... Sério? Não diga! Eu já sentia, juro! Em vão? Imagina, nunca jurei em vão. Perdão. Minto. Já o fiz. Sim, eu sei que sabes, vento. Sei que viestes de todo lugar, que vais para todo lugar, que sabes de todo lugar. Já pedi que me perdoes, não te exaltes desta maneira, não precisas sacudir tanto assim a minha janela. Se continuares fazendo com que as portas batam, acordarás a casa inteira e não poderemos continuar nossa conversa. Sim, eu te entendo. Exaltar-se é tão comum... Sei do que falo. Sei sim, e sabes que eu sei. É tão bom conversar assim, de vento pra vento! Como assim? Humana, eu? Não me conheces, então. Sou de carne e osso, mas minha alma é pura ventania. Tudo se vem e se vai de tal modo que é como se meus sentimentos formassem furacões, tornados. Um desastre só! Por isso falo: Não há melhor diálogo. Gosto do arrepio que me causas. É um arrepio que não me faz mal, que não pressente, que não teme. É momentâneo e profundo, não causa maiores estragos. Quisera eu que fosse eterno. O quê? Tens que ir? Mas já? Fiques mais, vento. Vente um pouco mais para dentro de mim! Não podes? Entendo. Há milhões de outros céus que devem ser visitados... Mas não faz mal. Sei que voltarás, faz parte de ti... Vais, mas sempre voltas.

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