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domingo, 28 de junho de 2009

Para me entregar





E um dia tudo o que eu sentir
será flores
E minha vida vai ser feita
de amores
E tais amores serão de alma
pra dentro
E minha alma será todinha
pra fora
Para que os outros me conheçam
por inteiro
E nunca haja hora
de ir embora

E cada sorriso substituirá
uma palavra
E cada olhar valerá
por uma frase inteira
Quero ouvir um canto
que encanta
E calor de abraço
que incendeia

E por onde eu pisar
que haja vida
Para pintar minha alma
de colorida

Quero canto de pássaros
pelo ar
Quero luz do sol
a iluminar
Quero grandes penhascos
para me jogar
Quero rios profundos
para mergulhar
Quero novas terras
para conquistar

Quero curva e linha reta
Vida plena e completa
Para me entregar.



sábado, 20 de junho de 2009

Havia um copo





Havia um copo vazio
De cristal. Altura média.
Transparente. Resistente.
Porém dentro dele não havia nada.

Corri em sua direção, mas me decepcionei.
Por mais belo e reluzente, não matava minha sede.

Havia um copo cheio.
De plástico. Pequeno.
Branco. Descartável.
Dentro dele havia água.

Corri em sua direção, mas me decepcionei.
Por mais água que ali tivesse, não satisfazia minha vontade.

Mas havia também um copo qualquer
De um material qualquer. De um tamanho qualquer.
De uma cor qualquer. Dentro dele, havia algo qualquer.
Mas era ele quem o segurava.

Corri em direção ao copo.
Alguma coisa foi derramada.
Senti algo molhado em meu corpo.
Quente. Ou frio? Tanto faz.
Aquilo eram só sensações externas.
O calor de seus braços me queimavam interiormente.

E o copo ficou ali, caído no chão, assistindo, enquanto matávamos nossa sede.



sábado, 13 de junho de 2009

Ela era



Ela era. Por todos os momentos, apesar de todas as inconstâncias e adversidades, ela continuava sendo. Espantava a racionalidade de dentro da sua alma, pois essa não tem que ser feita de pedacinhos de razão e sim de entrega plena e completa. Tem que ser feita por inteiro de sensações e sentimentos e de loucos devaneios. E ela, em companhia de sua mais profunda loucura, continuava sendo. Pra quê se entregar ao lugar comum de viver somente por viver e construir. Quem se importa com o que é fixo, sólido e constante? Não ela, de jeito nenhum, ela não. Mas, apesar de tudo, ela era. Foi um dia, era naquele e hoje continua sendo. Ela é apesar de. Ela vive apesar de. Apesar da razão, apesar da dor, apesar da fome e da saudade. Ela se alimenta da agonia e a transforma em vida. Ninguém vive se não tiver essa capacidade. Ninguém é se não vive.

Mas ela era.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Boa e velha caneca



Tenho um copo de chocolate. Uma caneca, pra ser exata. E, neste momento, ela é a minha maior companheira. Nada me satisfaz mais do que ver a fumaça que sai de seu interior e me prova que ali existe um calor que de alguma forma me aquece. Quando me dizem que comer é a melhor maneira de enganar a solidão, eu retruco: beber é bem mais eficiente. Se for chocolate, melhor. Chocolate quente, melhor ainda. Mas o grande diferencial está na caneca. Se fosse um copo qualquer, não teria a menor graça... Às favas com o copo de plástico, a garrafa térmica, o copo de requeijão! Não dou a mínima para essa taça de cristal! Tenho comigo minha velha e boa caneca e ela é a minha maior constância. Me sinto feliz e plenamente satisfeita.

Mas o chocolate acabou.
Ó, Senhor, que farei da minha vida agora?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Amemos!



Amemos! E não apenas isso. Apaixonemo-nos, entreguemo-nos! Devemos amar acreditando que só nós somos capazes de amar, que ninguém nunca amou tanto e ninguém nunca amará assim depois de nós. Só o amor é capaz de unir seres vivos de forma que se completem e se satisfaçam, pois somete ele os une pelo que há de mais profundo em cada um. Não devemos viver, mas sim, antes de tudo, amar, e viver apenas acidentalmente.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Soneto do que passou



Feliz foi o tempo que passou
Feliz a flor que desabrochou
Triste a que veio a murchar
Triste o que não pudemos evitar

Contrário aos dias que hoje são
Alegres os dias que já não são mais
Compreendê-lo não fostes capaz
De tanto o amor em teu coração

Sorrisos e lágrimas se fundem
Para que de ambos surjam
A tão sonhada calmaria

E os outros - melhor que escutem
E que de seus sentimentos nunca fujam
Para que não fuja deles a alegria.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Da série: E quando



E quando a gente se pergunta:

- O que eu ainda estou fazendo aqui?