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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Talvez fosse a hora



Às vezes, me pego no meio de um devaneio e fico curiosa. Penso que deve haver algo de tão errado comigo, que tenho que parar para tomar um fôlego antes de continuar com a vida. Entregar-me exige tanto que preciso de um tempo para realizar todo o processo. Como posso ser tantas em uma só? Quando durmo uma noite sendo fria, ao amanhecer queimo qualquer um que me tocar. Para quê tanta contradição? Vivo em extremos, opostos, começo e fim de uma ponte. Vôo no chão e rastejo ao céu. Por quê? Entre tantas falhas, pedaços de mim mal encaixados e detalhes fora do lugar, encontrei algo positivo... mas acabo de me esquecer o quê.

Talvez não fosse a hora.

Às vezes, me pego no meio de um relato de devaneio e fico curiosa. Penso que deve haver algo de tão certo comigo, que tenho que parar para tomar um fôlego antes de continuar com a vida.

Talvez seja essa a hora.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Você



Você me faz querer escrever de novo
Aquilo que há de melhor em mim
O dom adormecido que cala em intervalos
Você vem e, quase sem querer, desperta

Tem ideia do que é isso?
Não
Fala comigo com descompromisso
Ri pra mim porque riu pra mim
E não porque foi conveniente

Conta da sua vida
Não quero ser sua amiga
Mas se for essa a alternativa
Eu a agarro com unhas e dentes
Só pra poder ter sonhos permanentes

Tenho fotos suas escondidas
Que me curam em tempos de feridas
O seu rosto pra mim é cura forte
Remédio, reza, amuleto de sorte

Teu sorriso...
Prefiro não falar
Falar é compartilhar
Mas eu o quero só pra mim!

Quero você ao meu lado
Nas horas boas
Nas ruins eu não desejo
Eu preciso

Tudo agora é por você
Todas as diversões são calculadas
E o melhor delas
É que poderei dividi-las com você
E ouvir tudo que tem a dizer

E ouvir seus ligeiros segredos
Mas contar os meus por inteiro
Me entregar tão facilmente...
Na hora em que você quiser
No lugar em que você quiser

De primeira achei que fosse fácil
Mas percebo que você me tem
Como ninguém
Ninguém.

Não sou mulher de um só amor
E você não é minha primeira aposta
Mas faz tempo que não me sinto assim
E afirmo
É disso que esta mulher mais gosta

Não espere que eu o agradeça
E por você aqui padeça
Caso nada aconteça
Vida que segue

Mas se você quiser
Só se você quiser
Posso ser o que você quiser

Não aguento mais tanto desencontro
Nem toda essa tensão
Eu sou pé direito
Você é pé esquerdo
Mas o movimento parte da união...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lente de AUMENTO



Posso correr até no asfalto
que escorrego
Passo a mão sob meus olhos
eu esfrego
A um palmo do meu rosto
não enxergo
Tudo isso quando o caminho
está deserto

Mas você chega e me oferece a mão
"Oi, faminta. Você quer um pão?"
O que era pequeno ganha TAMANHO
O que era perda vira GANHO

O turvo ficou CLARO para mim
Quem diria que o MUNDO era BELO assim
Finalmente ENXERGO as FLORES!
E sou capaz de DINSTINGUI-LAS pelas CORES!

Vejo PÁSSAROS, ÁRVORES E GENTE
Vejo FRIO, MORNO E TAMBÉM QUENTE
Vejo SAL, DOCE E SEDENTO
Vejo ÁSPERO, LISO E GRUDENTO

ARREPIOS, SONHOS E FANTASIA
SONS, HARMONIA E MELODIA
SENSAÇÕES, BRILHO E SINESTESIA
Vejo TUDO aquilo que eu antes não podia

A vida deixou de ser tormento
Você me trouxe uma LENTE DE AUMENTO
Deixei para trás minha visão
E passei a ENXERGAR com SENTIMENTO


PASSEI A ENXERGAR COM SENTIMENTO!


Deixei pra trás minha visão
Você me trouxe uma lente de aumento
A vida deixou de ser tormento

Vejo tudo aquilo que eu antes não podia
Sensações, brilho e sinestesia
Sons, melodia e harmonia
Arrepios, sonhos e fantasia

Vejo áspero, liso e grudento
Vejo sal, doce e sedento
Vejo frio, morno e até quente
Vejo pássaros, árvores e gente

E sou capaz de distingui-las pelas cores!
Finalmente enxergo as flores!
Quem diria que o mundo era belo assim
O turvo ficou claro para mim

O que era perda virou ganho
O que era pequeno ganhou tamanho
"Oi, faminta. Você quer um pão?"
Mas você chega e me oferece a mão

Está deserto
Tudo isso quando o caminho
Não enxergo
A um palmo do meu rosto
Eu esfrego
Passo a mão sob meus olhos
E escorrego


POSSO CORRER ATÉ NO ASFALTO!