domingo, 8 de novembro de 2009
Sol, ida, ão.
Uma nuvem acaba de cobrir meu sol. Assim, sem mais nem menos.
E, nesse meio tempo, entre os segundos um e dois, ele desapareceu, levando a sério o nosso pique-esconde.
Meu mundo, subitamente, ficou mais fresco.
O calor de meu corpo cedeu, meus olhos não mais precisaram se contrair para enxergar, leves gotas de suor exitaram em escorrer.
Ao invés delas, lágrimas.
Embora a temperatura tenha se tornado mais amena, sinto falta do brilho que refletia em minha pele, fazendo com que eu me sentisse mais próxima da vida.
Mas, apesar da ligeira fuga do astro rei, ainda sou capaz de sentí-lo. Se não com o meu corpo, com o meu coração. Quê me importa se não estou apta a enxergá-lo, se sei que ele está e sempre estará junto a mim?
Ainda que ele tenha sido coberto, tímidos reflexos de sua luz se fazem presentes e me lembram de que o sol é como o amor: apenas nos dá um tempo. Sua ida nunca é definitiva.
Não importa quantas nuvens o cobrem. Ele sempre volta para nos aquecer.
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Beta, esse foi um dos melhores do ano!
ResponderExcluirO título SOLidão foi um absurdo
Parabéns :]
você ainda me surpreende!
ResponderExcluir'Ainda que ele tenha sido coberto, tímidos reflexos de sua luz se fazem presentes e me lembram de que o sol é como o amor: apenas nos dá um tempo. Sua ida nunca é definitiva.'
ResponderExcluiramei essa parte. me identifiquei muito. o bom saber é que ele sempre volta. o sol, o amor, o desejo do recomeço, ou o alivio do fim. :)
Excelente texto...o título maravilhoso
ResponderExcluirParabéns!
Passa lá e comenta tb:
http://caopelado.blogspot.com/