segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Deixe a porta aberta
Vá
Mas deixe a porta aberta
Que é pro vento ainda soprar
Pra brisa penetrar
E o amor não sufocar
Depois de lágrimas cortantes
E de silêncios tão gritantes
Sugiro que vá
Vá
Mas deixe a porta aberta
Após tanto você me fala em ir
Pois peço que o faça com constância de ampulheta
Que mede o tempo como se fosse apenas tempo
E não senhor de toda vida
Vá como se não voltasse mais
Como se fosse de encontro ao para sempre
Ainda que não se encontre eternidade assim tão dura
Como se não fosse cavar um buraco profundo
E enterrar nossos momentos no mundo
Vá como se a ida fosse apenas ida
E não fim
Vá
Mas por favor
Deixe a porta aberta
Pois se fechada eu não enxergo nada
Se para alguém eu não for tão errada
Quem sabe sua saída possa se tornar entrada...
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